Executivos de TI debatem uso de novas tecnologias nas empresas

Postado em: 17 / 08 / 2015

Lucas Horta, da EY, Jânio Souza, da Vale, Marco Antonio Amore Cecchini,  da Embraer; Márcio Antônio Severi, da CPFL e Mateus Bergamo, da Moto Honda Brasil.

Lucas Horta, Jânio Souza, Marco Antonio Amore Cecchini, Marcio Antonio Severi e Mateus Bergamo

Maria Edicy Moreira

Durante o 3DEXPERIENCE Forum Brasil 2015, executivos de TI debateram as mudanças que a chegada de novas tecnologias como cloud computing, dispositivos móveis e as plataformas baseadas na experiência, como a 3DEXPERIENCE, está trazendo a empresas como Vale, Embraer, CPFL e Moto Honda Brasil, e também como essas empresas estão assimilando as inovações tecnológicas.

O debate, coordenado por Lucas Horta, sócio da EY, empresa especializada na prática de tecnologia para value chain, contou com a participação de Jânio Souza, gerente geral de TI na área de projetos e inovação da Vale; Marco Antonio Amore Cecchini, gestor da área de implantação de tecnologia CAD/CAE da Embraer; Márcio Antônio Severi, diretor de relações institucionais e renováveis da CPFL e Mateus Bergamo, gerente de TI da Moto Honda Brasil.

Mateus Bergamo disse que no caso da Honda, a companhia está passando por esse momento de inovação tecnológica e uma das preocupações é usar as novas tecnologias como cloud computing e dispositivos móveis e softwares para projeto colaborativo sem perder a integridade das informações disponibilizadas para a tomada de decisões. Segundo ele, o uso das novas tecnologias é um caminho sem volta e os profissionais de TI têm de agir de forma interativa com as áreas de tomada de decisão. A área de TI tem que suportar as áreas de negócios de forma matricial.

“Temos que adotar as novas aplicações levando em conta o tipo de informação que vamos entregar às áreas de tomada de decisão e não investir em tecnologias de forma errada. A TI está mudando de dentro para fora e quem investir nela de fora para dentro não dará certo”, disse Bergamo. Para ele maior desafio enfrentado pelos profissionais de TI é facilitar a disponibilidade de informações para tornar as empresas mais eficientes e competitivas. “Não adianta a empresa investir em tecnologia, se não se tornar competitiva”.

Márcio Antônio Severi, da CPFL, disse que o setor de energia não pode falhar no uso dessas novas tecnologias, pois elas são fundamentais para a gestão da informação. Ele lembrou que a matriz energética está ficando mais complexa. Antes as hidrelétricas trabalhavam e as termoelétricas ficavam de backup. Agora o setor ganha novas fontes de energia como a eólica e outras formas de distribuição e isso torna a operação das empresas de energia mais complexa e demanda novos investimentos em TI.

Segundo o executivo, o grande motivador para a implantação das ferramentas de cloud, dispositivos móveis e plataformas sociais como a 3DXPERIENCE é a busca pela produtividade nos projetos. Além da maior complexidade da matriz energética, ele disse que hoje as margens de lucro são pequenas, por isso a CPFL olha as novas tecnologias como alternativa de ganho de produtividade. Não são apenas temas propostos por TI, isso é uma preocupação central na CPFL.

Jânio Souza, da Vale, disse que a viabilização de uma mina para exploração é um projeto muito longo e nesse mercado os preços variam muito, por isso, a instrumentação, a automação de processos e a digitalização de documentos são tão importantes. Apesar de ser um projeto longo, a Vale já está trabalhando na adoção dessas tecnologias e aprendendo a colaborar com os parceiros e a trabalhar com precisão e planejamento para reduzir custos.

O executivo observou que hoje o processo que envolve TI é muito mais colaborativo com o usuário. As coisas mudam muito rápido e, se os profissionais de TI não estiverem em sintonia com quem vai receber as informações, vai ser mais difícil adotar as novas tecnologias. Os trabalhadores da mina usam smartphones, por exemplo, para acessar as informações, por isso, não dá para ser totalmente estruturado. “O interessante é quebrar essas coisas em um modelo consistente. A TI está mudando…”, disse Souza.

Marco Antonio Amore Cecchini disse que os clientes da Embraer são companhias aéreas, por isso, quando vai investir em TI a Embraer tem que focar nessas companhias para que elas possam oferecer boas experiências aos seus clientes finais (os passageiros).

Para produzir aviões melhores e atender às demandas dos seus clientes, Cecchini contou que um dos avanços na área de CAD/CAE está migração total para desenhos em 3D. “Hoje na Embraer não temos mais desenhos em 2D tudo é feito em 3D. A grande quantidade de eletrônica embarcada exige que usemos cada vez mais desenhos em 3D. Isso permite à área de montagem simular como a peça vai ser montada e, além disso, coletar dados para verificar o status da montagem”.

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