Injetoras Arburg usam moldes gerados em impressoras 3D

Postado em: 19 / 12 / 2013

Moldes criados nas impressoras Stratasys serão usados na injetora Arburg para produzir peças e produtos

Maria Edicy Moreira

A Arburg Brasil e a Stratasys vêm realizando uma nova experiência no segmento de injeção de plástico. A subsidiária da Arburg alemã, fabricante de máquinas injetoras de plástico, desenvolveu uma experiência no Brasil que pode significar uma redução drástica nos custos e no tempo de produção de moldes para a fabricação de séries limitadas de produtos ou componentes.

Em vez de gastar altas somas e muito tempo produzindo moldes em aço para a produção de séries limitadas de componentes ou produtos os usuários das injetoras Arburg já podem trabalhar com moldes produzidos nas impressoras 3D da Stratasys, reduzindo custos e acelerando o lançamento do produto.

Renata Sollero, gerente de território da Stratasys para o Brasil, observa que um único molde em aço pode custar dezenas ou centenas de milhares de reais e levar de uma semana a meses para ser produzido enquanto o molde impresso em 3D pode ser produzido em horas e, no caso de alguma mudança ou ajuste no projeto do produto a ser injetado, outro molde impresso em 3D é gerado com igual rapidez agilizando todo o processo de desenvolvimento e fabricação do produto.

O uso dos moldes impressos em 3D é mais frequente na indústria automobilística, especialmente nas que fabricam peças e componentes pequenos e médios. Além disso, podem ser usados nas indústrias aeroespacial, de defesa, produtos eletrônicos, brinquedos, sapatos, equipamentos médicos, entre outras.

Segundo Renata a principal vantagem dos moldes de plástico está na possibilidade de verificação do produto em um modelo real produzido de forma rápida e relativamente econômica. Também as indústrias podem usar os moldes de plástico para verificar o molde de aço que será usado para injetar as peças em larga escala. Geralmente as indústrias imprimem de 10 a 20 moldes em material da Stratasys antes de obter o molde perfeito, que será usado como base para a criação do molde final em aço.

 

Moldes gerados nas impressoras 3D não substituem totalmente moldes tradicionais em aço ou outros metais

Uma das aplicações mais conhecidas de moldes impressos em 3D está na produção de pequenas séries de produtos para validação interna de projetos ou para validação de produtos que serão examinados por órgãos reguladores como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

No Brasil, por exemplo, um brinquedo só pode ser fabricado depois de ter sido examinado e testado no laboratório da ABNT e para realizar esses testes seria necessário montar toda a linha de produção e gerar o molde em aço para a injetora de plástico. Agora os moldes impressos em 3D dispensam esse processo permitindo produzir os brinquedos para teste antes de montar toda a linha de produção industrial.

Outra aplicação estratégica dos moldes impressos em 3D está na customização de produtos. Nesse caso as injetoras de plástico recebem moldes que são ligeiramente diferentes entre si e serão usados para produzir séries limitadas e personalizadas de produtos feitos sobmedida para mercados e usos específicos. Fatores como a complexidade geométrica e sua maior ou menor resistência ao calor e à temperatura definem a quantidade de peças que podem ser produzidas com os moldes de plástico.

“Cada caso tem suas limitações. Em geral, os moldes impressos com a tecnologia da Stratasys podem aceitar a injeção de um número de peças ou produtos que varia de 10 a 100 unidades. As indústrias que desejam injetar seus produtos ou peças em larga escala devem continuar usando os moldes em aço, pois eles são mais indicados nesse tipo de aplicação”, afirma Renata. Em função disso as duas tecnologias -moldes em plástico e moldes em aço – vão continuar convivendo.

“O mercado vive hoje um momento de diversificação de tecnologias e os moldes em aço podem, em alguns casos, ser complementados ou até substituídos pelos moldes impressos em 3D. A colaboração entre a Stratasys e a Arburg coloca ao alcance das indústrias usuárias das nossas injetoras mais uma possibilidade de acelerar seus processos de desenvolvimento e fabricação de moldes e do produto final, possibilitando a coexistência dessa nova tecnologia com a produção de moldes tradicionais em aço ou outro metal”, afirma Kai Wender, diretor geral da Arburg Brasil.

Softtooling

Os moldes de plástico gerados em impressoras 3D são chamados de softtooling ou ferramentaria leve, e podem ser usados para produzir o primeiro lote de peças injetadas em plásticos como polipropileno, elastômeros, termoplásticos, acetal (POM), ABS, entre outros. Segundo Renata, isso demonstra que as empresas que desejam substituir moldes em aço pelos moldes gerados nas impressoras Stratasys podem continuar empregando os plásticos já usados intensamente na fabricação de suas peças e produtos.

A executiva explica que as indústrias devem considerar que o uso de moldes gerados nas impressoras 3D pode exigir pequenas alterações no projeto do molde em relação ao projeto do molde em aço criando, por exemplo, ângulos de inclinação mais altos e pontos de injeção de material mais amplos para reduzir a pressão na cavidade.

Onde encontrar

Para saber mais sobre as impressoras  Stratasys e suas aplicações acesse: www.stratasys.com

Para saber mais sobre a Arburg acesse: www.arburg.com/pt/br

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