DS SolidWorks foca em aplicativos Electrical e Plastics
Postado em: 25 / 03 / 2013
Oscar Siqueira: A demanda do mercado por esses novos aplicativos é muito grande
Maria Edicy Moreira
A DS SolidWorks já mostrou que em 2013 seu foco está voltado aos aplicativos recém-lançados, SolidWorks Electrical e SolidWorks Plastics. Oscar Siqueira, diretor da companhia para a América Latina, disse que os produtos têm muita demanda no Brasil e América Latina, por isso, a DS SolidWorks está investindo pesado em marketing e na capacitação técnica das revendas para que elas possam fornecer os novos softwares de acordo com as determinações da companhia.
Atualmente duas revendas, SKA e IST, já estão vendendo o SolidWorks Electrical e o SolidWorks Plastics. A Mechworks vende o Plastics. Timoteo Müller, diretor técnico para a América Latina, disse que provavelmente todas as revendas irão trabalhar com os novos aplicativos, mas antes elas precisam ser treinadas e estruturadas para atender a esses novos segmentos de mercado.
Electrical permite desenvolver projeto elétrico em 3D para interagir com modelo do produto em 3D
Müller explica que o Electrical é uma solução para aquelas indústrias que têm dificuldades em integrar o projeto mecânico ao elétrico. Agora os usuários têm como unir as duas engenharias, elétrica e mecânica, e ainda gerenciar as informações no Enterprise PDM a partir de uma única plataforma. O Electrical oferece ferramentas para desenvolver o projeto elétrico esquemático em 2D e o modelo em 3D para integrar com o projeto mecânico do produto concebido no CAD 3D SolidWorks.
O Plastics é uma solução para o desenvolvimento de produtos com componentes em plástico. O software ajuda a prever e evitar defeitos de fabricação durante os primeiros estágios de desenvolvimento do produto e do molde. “Da indústria automotiva à indústria de equipamentos voltados às ciências da vida, qualquer empresa que depende do processo de moldagem por injeção de plástico vai se beneficiar com o uso do Plastics, reduzindo custos de desenvolvimento e produção, além de acelerar o lançamento de novos produtos”, diz Müller.
Oscar Siqueira diz que o lançamento dos aplicativos Electrical e Plastics, baseados no kernel Parasolid, o mesmo usado no CAD SolidWorks, prova o compromisso da DS SolidWorks com a plataforma do seu atual CAD, rebatendo os comentários de que o aplicativo baseado no Parasolid está com os dias contados e que seria substituído por um novo CAD baseado na plataforma V6 da Dassault Systèmes.
“A DS SolidWorks não faria a loucura de descontinuar um produto que nos traz um faturamento de 500 milhões de dólares por ano, seria insano. Nenhuma empresa faria o investimento que fizemos no Electrical e no Plastics baseados no Parasolid, se estivesse pensando em mudar o kernel.”
SolidWorks Plastics 2013 simula injeção de plástico para eliminar falhas em projetos e moldes
Conceptual
Outro produto que ganha destaque nas estratégias da DS SolidWorks em 2013 é o SolidWorks Mechanical Conceptual. Este sim é baseado na plataforma V6 Dassault Systèmes. De acordo com Timoteo Müller, em maio de 2013 o software começa a ser usado por um grupo de clientes selecionados e estará disponível para todo o mercado a partir de outubro de 2013. O software chega para complementar o CAD SolidWorks trazendo ferramentas para atender aos usuários na fase de concepção, antes do detalhamento do projeto mecânico feito no CAD SolidWorks tradicional.
Oscar Siqueira diz que o CAD SolidWorks é a melhor solução para detalhamento de projetos mecânicos, mas tem limitações nas ferramentas de concepção. Por isso a DS SolidWorks desenvolveu o SolidWorks Mechanical Conceptual, apresentado durante a conferência de usuários, SolidWorks World 2013, na Disney, USA, entre os dias 20 e 23 de janeiro de 2013. O software permite capturar ideias digitalmente, criar rapidamente modelos conceituais em 3D, obter feedback dos envolvidos no projeto, internos e externos, e gerenciar facilmente vários conceitos antes de detalhar o projeto.
Mechanical Conceptual auxilia na fase de concepção do projeto que depois e detalhado no CAD mecânico
Além disso, mescla os benefícios do histórico paramétrico com a modelagem direta em uma única interface. À medida que o conceito evolui o designer pode fazer qualquer mudança no produto respeitando a iteração do projeto criada anteriormente. O ambiente de modelagem direta permite evoluir a partir de esboços de layout para a geometria 3D e separar as partes e montagens, sem levar em consideração a estrutura do produto.
O SolidWorks Mechanical Conceptual atende aos usuários de múltiplos CADs. “Além de interagir com o nosso CAD SolidWorks, o SolidWorks Mechanical Conceptual pode ser usado em associação com qualquer outro CAD de terceiros”, afirma Timoteo Müller.
Segundo ele, hoje o software concentra mais recursos para a concepção de equipamentos industriais, mas em breve haverá ferramentas para a concepção de produtos. “Já está sendo pensado um Conceptual para design de produtos e não apenas para o design de equipamentos industriais. Temos parceiros desenvolvedores de produtos com os quais já estamos trabalhando.”
Muller: Conceptual aceita múltiplos CADs
O novo software já nasce dentro da plataforma de comunicação e troca de informações, 3DExperience, da Dassault Systèmes, baseada na plataforma V6. “Nosso plano é aproveitar a força e a capacidade da plataforma da Dassault para construir uma nova experiência tão intuitiva e fácil de usar quanto às ferramentas do nosso atual CAD SolidWorks”, diz Oscar Siqueira.
O executivo observa que embora não tenham nascido dentro do ambiente 3DExperience, o CAD SolidWorks e todos os aplicativos que compõem o seu portfólio como Electrical, Plastics, PDM Enterprise, Simulation, entre outros, já interagem com a 3DExperience e se beneficiam de suas facilidades de comunicação, compartilhamento de informações e integração de softwares.
Siqueira explica que a 3DExperience representa uma nova estrutura de trabalho que chega para atender às novas necessidades de interação entre departamentos, plantas de design e engenharia das indústrias e também no seu relacionamento com os clientes e fornecedores. “A plataforma 3DExperience aprende com os usuários e passa a propor a eles novos fluxos de trabalho”, complementa Timoteo Müller.
“As empresas precisam de agilidade, flexibilidade e mobilidade sem elevar os gastos com hardware e software, e a 3DExperience traz essas facilidades, permitindo compartilhar dados com extrema rapidez, flexibilidade e a baixo custo. Os usuários podem ter todos os seus dados dentro da cloud computing e acessá-los de acordo com suas necessidades pelo notebook, tablet, smartphones, independente do sistema operacional: Mac iOS, Windows ou Linux”, diz Siqueira.
Fortalecendo as revendas
Novo logo após a fusão das revendas SolidWorks, IST e 3D Max, que atuam no Sul e Sudeste
Com a ampliação de seu portfólio de softwares a DS SolidWorks investe na reestruturação das revendas para atender às novas demandas do mercado. “Hoje para vender nossos aplicativos não basta entender de CAD, as revendas precisam entender de engenharia, simulação, processos de gerenciamento de documentos, elétrica e simulação de injeção de plástico”, afirma Oscar Siqueira.
Segundo ele, as revendas precisam estar bem estruturadas para agregar valor aos produtos e serviços que oferecem aos clientes e, para atender a essas novas demandas a DS SolidWorks prefere investir no fortalecimento das atuais revendas, para que elas possam e multiplicar seus pontos de vendas por meio da criação de filiais em vez de contratar novas.
A fusão de revendas, como ocorreu com a Max 3D e IST, que atuam no Sul e Sudeste, pode trazer uma diminuição no número de revendas, mas Siqueira diz que isso não significa prejuízo para o mercado porque as fusões fazem surgir revendas mais fortes, com capacidade para aumentar o número de pontos de venda e, consequentemente, as forças de venda, treinamento e suporte técnico.
Mercado
Apesar do baixo crescimento das vendas de seus softwares no Brasil em 2012, consequência do fraco desempenho da economia brasileira como um todo, Oscar Siqueira diz que os resultados de 2012 para a DS SolidWorks foram positivos porque foi o ano em que a companhia conquistou mais clientes que migraram de softwares concorrentes.
Além disso, houve um crescimento quase 30% nas subscrições com direito a suporte técnico ativo e novas versões. “Isso demonstra a fidelidade de nossos clientes. Por isso, 2012 foi um ano positivo, não tivemos crescimento tão alto, mas foi bom”, diz Siqueira.
Para 2013 ele vê sinais de recuperação importantes. O ciclo de venda encurtou no primeiro trimestre e isso traz um otimismo grande para este ano. Os clientes estão tomando decisões mais rapidamente. Além disso, estão sendo feitos muitos investimentos em infraestrutura, em função da Copa 2014, Olimpíada, e a DS SolidWorks está envolvida diretamente ou indiretamente como fornecedora de softwares em muitos desses empreendimentos.
