Produção em massa customizada é tendência na indústria

Postado em: 25 / 11 / 2013

Shook: produção em massa será customizada

Maria Edicy Moreira

“A digitalização da manufatura está mudando a face da indústria. Estamos passando da manufatura em massa para a customização em massa.” Essa é a percepção de David Shook, vice-presidente de vendas da Siemens PLM  para as Américas, que esteve em São Paulo para participar Connection, no final de outubro de 2013, e falou sobre as mudanças na manufatura e as estratégias da Siemens PLM para o setor.

O executivo observou que as tecnologias de concepção de produtos, simulação, robótica, entre outras, estão tornando a indústria mais inteligente e capaz de produzir produtos customizados em massa. Isso faz com que ela se diferencie dos outros segmentos não só pelo preço de seus produtos, mas pela capacidade de inovar seus processos produtivos e produtos.

Para Shook a indústria de manufatura é um dos poucos segmentos que pode usar a tecnologia para evoluir rapidamente e se tornar o motor da economia global e da sustentabilidade. Ele observa que, ao contrário das indústrias de alimentos e minérios, que entregam commodities e não têm a mesma disponibilidade de tecnologias para evoluir seus produtos com tanta rapidez, a indústria de manufatura tem à sua disposição tecnologias que lhes permitem entregar rapidamente produtos com mais qualidade, menor custo e em menos tempo.

A digitalização, segundo Shook, traz um novo estilo de manufatura que usa as ferramentas do PLM para criar, fabricar e lançar novos produtos à frente da concorrência. São essas tecnologias que permitem à industria atender às novas demandas dos consumidores que estão ávidos por novidades e obrigam os fabricantes de smartphones, tablets, notebooks, por exemplo, a lançar um novo produto a cada seis meses a oito meses.

 

Catalyst

Industry Catalyst Series traz tamplates que aceleram drasticamente a implantação das tecnologias PLM

Shook falou também das dificuldades das indústrias em implantar suas plataformas de softwares e da solução que a Siemens PLM desenvolveu para solucionar o problema, o Industry Catalyst Series. Segundo ele, o PLM da Siemens PLM traz as últimas tecnologias do mercado, mas se a indústria demorar dois ou três anos para implantá-las elas vão ficar desatualizadas e a empresa ficará para trás. Por isso, a Siemens PLM desenvolveu o Industry Catalyst Series, um conjunto de boas práticas que traz em templates prontos aproximadamente 90% da customização necessária para efetuar a implantação da plataforma PLM.

“Com o Catalyst Series os clientes alcançarão resultados rápidos e mais valor agregado, em função das melhores práticas de mercado que compõem a solução”, disse Shook. O executivo explicou que 70% de todos os processos de customização dos softwares Siemens PLM são comuns às indústrias, outros 20% são processos particulares de cada segmento e somente 10% deles são específicos de cada cliente. Assim, uma indústria que adotar o Catalyst específico para sua área de atuação terá de customizar apenas 10% das features dos softwares.

A proposta da Siemens PLM para os próximos dois a quatro anos é ter o Catalyst preparado para atender aproximadamente 30 segmentos de indústria. Hoje já estão disponíveis soluções para os setores automotivo, eletrônico e de semicondutores. Até dezembro de 2013 serão lançadas opções para os setores de calçados e náutico.

Outra estratégia da companhia é integrar suas soluções de PLM voltadas à indústria de manufatura com os softwares da Siemens Industry voltados à indústria de processos para que os clientes tenham uma solução completa de softwares desde a concepção até o lançamento do produto ou planta industrial.

Sobre a oferta de produtos na nuvem, Shook disse que a Siemens PLM já tem parceria com a Amazon e oferece aos seus clientes a possibilidade de trabalhar com o Teamcenter na nuvem. Também está trabalhando para oferecer opções de trabalho na nuvem com o Solid Edge.  

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