A Internet das Coisas nasce e cresce no datacenter e na nuvem

Postado em: 11 / 04 / 2016

Rafael Venâncio

Rafael Venâncio

Rafael Venâncio

Até 2020, segundo o Gartner, o mundo deverá contar com 26 bilhões de dispositivos IoT (Internet of Things, Internet das Coisas) em ação. Não há, portanto, como ignorar esta onda. De Wearables (computadores vestíveis) as SmartTVs, SmartPens, carros e brinquedos, a IoT é uma inovação real que estará cada vez mais presente no nosso dia a dia.

Há aspectos da “onda” IoT, no entanto, que não são visíveis a olho nu. Por exemplo: o fato de que, por trás de cada dispositivo IoT há um datacenter rodando na nuvem aplicações corporativas responsáveis por dar vida a este equipamento.

Uma SmarTV, por exemplo, só dará tudo de si se estiver conectada remotamente a pesadas e complexas aplicações de licenciamento de software, ativação de recursos, controle remoto, cobrança de royalts, tarifação de serviços de Telecom (billing), gerenciamento de dados etc.

Fica claro, portanto, que o mundo IoT depende dos datacenters e das grandes operadoras de Telecom para acontecer. A explosão da IoT provocará o crescimento exponencial dos datacenters e das operadoras de Telecom. Brinquedos, TVs, aquecedores, portões, janelas – cada “coisa” transformada em IoT irá significar um novo ponto de acesso a aplicações corporativas rodando em datacenters.

Hoje se fala muito das falhas de segurança dos dispositivos IoT. Testes mostraram que ameaças como o Heartbleed, vulnerabilidade a ataques DDoS (Denial of Service) e grandes falhas nos processos de autorização de acesso, encriptação e construção de interfaces são facilmente encontradas em dispositivos IoT.

Quem vê essas questões pode esquecer que o mundo IoT vai muito além de dispositivos isolados. É fundamental levar em conta que o dispositivo IoT é apenas a ponta de um iceberg e que, em águas profundas, repousam datacenters rodando aplicações missão crítica que não podem parar, não podem falhar.

Segurança de dispositivos IoT, portanto, é um conceito que vai muito além do próprio dispositivo. Mais do que contemplar maneiras de aumentar a segurança do dispositivo IoT, é importante trabalhar para proteger a integridade das grandes aplicações que estão por trás do funcionamento deste dispositivo IoT. IoT não é uma brincadeira; IoT é um dispositivo digital totalmente conectado ao mundo dos negócios, dos grandes datacenters, das grandes operadoras de Telecom.

Tudo o que um gestor de TI faria para proteger, por exemplo, o ERP SAP ou a plataforma Salesforce, terá de fazer para proteger a aplicação que está por trás do funcionamento do dispositivo IoT. Isso significa levar criptografia, visibilidade, controle para o universo que começa no dispositivo IoT e termina (ou começa?) no lugar de sempre: nos datacenters e na nuvem.

Como vencer este desafio? Não adianta reinventar a roda. As tecnologias que o gestor já usa, hoje, para proteger suas aplicações corporativas, serão as mesmas que, em breve, estarão garantindo que este estranho mundo híbrido IoT/datacenter/nuvem também seja visível, controlado e seguro.

Rafael Venâncio é diretor de canais e parcerias da F5 Networks Brasil e Cone Sul 

Compartilhe

Be Sociable, Share!

Comentar